sábado, 28 de maio de 2011

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo


Mais de 30% dos alunos dizem que professor 'têm de esperar um longo período até que a classe se acalme'

25 de maio de 2011 -BBC Brasil

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês).

O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.

Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline.
Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas.

Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem.
O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.
Menos distúrbios.

O estudo identificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000.

"A disciplina nas escolas não deteriorou – na verdade, melhorou na maioria dos países", diz o texto da pesquisa. "Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais."

Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes.

"Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE.

"Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."

A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório.

No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos.

"Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório. Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

Dilemas na Sala de Aula

O educador sabe o que é estar em uma sala de aula de ensino fundamental, com 30 ou 40 alunos conversando ao mesmo tempo, brigando, discutindo, agitados e sem levar muito a sério que a real intenção do professor ali à frente é educar. Quando isso acontece o professor busca uma maneira de controlar a sala de aula e conseguir a atenção dos alunos, vamos ver algumas possibilidades de lidar com estas situações:
Dar um grito bem alto e conseguir a atenção dos alunos com um susto nos próximos 2 minutos e depois voltar à estaca zero.

Fazer ameaças de dar zero na prova e consequentemente estabelecerá uma relação com seus alunos de poder e submissão, evidenciando que a prova só serve para mostrar quem tem mais poder.

Esperar a frente da sala calado e com cara de mal, que eles calem-se percebendo que tem um professor na sala, correndo o risco que eles nunca percebam e você continue ali praticamente ignorado.
Entrar com eles em uma disputa de poder até que eles percebam “quem manda no pedaço”. Ou até que você perceba que acabou de colocar em discussão uma questão que deveria ser inegociável, (a autoridade do professor em sala de aula).

Se você já fez tudo isso e já se conscientizou que nada disso funciona, parabéns, isso mostra que tem experiência profissional e que está amadurecendo em sua gestão de sala de aula. Vamos agora falar do que realmente funciona:

Se a sala gosta da bagunça, bagunce ainda mais do que eles , mas, lidere a bagunça. Prepare uma aula com jogos e desafios, divida a sala em times e permita que eles gritem, torçam e disputem o saber a ponto de aprender para vencer.

Descubra o líder da bagunça, aquele que geralmente é visto como “o aluno problema” e todos os professores preferem ignorar a presença dele em sala e CONQUISTE-O, traga-o para o seu lado e peça para ele controlar a sala e que você confia na capacidade de liderança dele para a realização da aula (delegue poder e autonomia).

Conquiste os seus alunos e diga a eles o quanto você acredita neles, quanto você espera se orgulhar deles. E espere o esforço que eles irão fazer para não te decepcionar.


Lembre-se: o objetivo da aula é o aprendizado, se ele não vier, tente novamente e faça uma aula diferente.

Ione lobo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Escolaridade impulsiona os salários

83% dos assalariados em empresas não têm curso superior e isso acha os salários, diz IBGE


Diferença salarial é mais acentuada por escolaridade; em 2009, trabalhador com nível superior ganhava 225% mais

AE 25/05/2011 12:28

Os homens ainda são maioria no mercado de trabalho e possuem salário maior que o das mulheres, segundo o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário atualmente é o nível de escolaridade. Embora os homens ganhassem 24,1% a mais do que as mulheres, segundo a média nacional, a escolaridade mostrou-se mais determinante para o nível salarial. Os trabalhadores que tinham curso superior ganhavam um salário 225% maior do que os que não concluíram a faculdade.

De um montante de 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior (83,5%) contra apenas 6,6 milhões de pessoas com curso superior (16,5%). No entanto, essa fatia de trabalhadores que concluíram a faculdade concentrou R$ 310,6 bilhões, ou 39,7% da massa salarial, enquanto os outros R$ 471,3 bilhões, ou 60,3%, foram distribuídos entre os trabalhadores com menor escolaridade.





O salário médio mensal, em 2009, foi de R$ 1.540,59 ou 3,3 salários mínimos. Os homens receberam, em média, R$ 1.682,07, ou 3,6 salários, enquanto as mulheres receberam R$ 1.346,16, ou 2,9 salários.

O levantamento foi conduzido com 4,8 milhões de empresas e organizações, que reuniam 40,2 milhões de assalariados, sendo que 23,4 milhões (58,1%) eram homens e 33,6 milhões (83,5%) não tinham nível superior.