sexta-feira, 26 de março de 2010

Biblioteca de NY vira refúgio durante a crise econômica

Com 40 milhões de visitas em 2009, a instituição ajudou a população a enfrentar uma fase difícil


Lúcia Guimarães - Estadão - 13 de março de 2010

Qual é o local mais visitado do planeta? Acertou quem respondeu Times Square, o coração de Manhattan que recebe uma média de 35 milhões de visitantes por ano. A estatística é imprecisa e pode ser questionada. Mas, qual a instituição que atraiu mais visitantes na região metropolitana de Nova York em 2009 e é mais frequentada do que todas as outras atrações culturais e esportivas somadas? A Biblioteca Pública de Nova York.

A casa recebeu 40 milhões de visitas em 2009; NY tem 8 milhões de habitantes. E, se o leitor está coçando a cabeça com a ideia de que o desemprego e a recessão transformaram os nova-iorquinos em diletantes, pense de novo. Imagine a economia com a conta de aquecimento a óleo se é possível enfrentar o desemprego em pleno inverno no calor aconchegante de uma sala de leitura? E se o funcionário da biblioteca pode ajudá-lo a escrever um currículo e tem conhecimento suficiente para informar quais as áreas que estão contratando? O crash de setembro de 2008 encheu as bibliotecas americanas não só de desempregados como também de crianças cujos pais perderam acesso a babás e programas pós-escolares. Veja no vídeo desta entrevista com Paul LeClerc, disponível no Portal Estadão, como se criou o culto à biblioteca na vida americana e como a Biblioteca de NY adaptou programas para ajudar a população a enfrentar a crise.

O homem elegante, como convém a um acadêmico especializado em literatura francesa, desliza ao nosso encontro na mais bela sala de leitura da América do Norte. Paul LeClerc não dá sinais de que está em contagem regressiva para deixar o cargo que ocupa há 16 anos e vai abandonar só após as comemorações do centenário da biblioteca, em maio de 2011. A sala restaurada em 1998 é um dos maiores espaços sem colunas de sustentação do país. A Rose Reading Room, na sede da biblioteca, foi rebatizada com o nome do casal de filantropos que bancou a restauração, Frederick e Sandra Rose. No salão revestido de carvalho, ao contrário do imenso interior da estação Grand Central, o outro refúgio para as massas em Manhattan, o barulho mais importuno é o arrastar de cadeiras. Conheça, em outro vídeo do portal, o interior da Rose Reading Room.

LeClerc é um dos personagens centrais da transformação digital de arquivos na passagem do século. Ele tomou decisões importantes, navegando entre debates filosóficos, tecnológicos e jurídicos. A primeira decisão foi a de começar o processo digital por imagens. A galeria digital da biblioteca é um sucesso, acessada mais de 7 milhões de vezes por mês por internautas que podem baixar qualquer uma de suas 700 mil imagens de domínio público para fins não comerciais.

Há cinco anos, a biblioteca se juntou ao Google no processo de digitalização de 300 mil livros em domínio público. No ano passado, a instituição "emprestou" livros digitais mais vezes - cerca de 350 mil além do que qualquer outra biblioteca americana, para leitores de 220 países e territórios. Os leitores usam um software para baixar o livro na íntegra e a obra desaparece no fim do empréstimo de três semanas. Mas LeClerc admite que a questão do copyright e da produção contemporânea está longe de resolvida.

Mas, se disputas sobre direitos autorais podem ter uma solução negociada, outra ausência de consenso assusta mais o presidente da biblioteca nova-iorquina. É o dilema sobre a preservação da cultura daqui para frente, qual a tecnologia digital que vai se mostrar duradoura e economicamente viável. Ele aponta para a coleção de papel à sua volta e diz: "Temos uma Bíblia do Guttenberg de 1452. Está em boas condições e podemos preservá-la por pelo menos mais 500 anos."

"Uma das maiores questões enfrentadas por qualquer país avançado, inclusive o Brasil, é como preservar a informação produzida de forma digital", diz. Ele não está pensando no futuro imediato e sim no próximo milênio. "Vivemos num ambiente em que a informação já nasce digital. Então, como preservar esta cultura? Como é que uma pessoa que tentar escrever a história social e econômica do seu país ou do meu vai encontrar a informação? O fato é que não temos solução para este problema."

Pergunto se o avanço da internet pode enfraquecer o papel da biblioteca pública nas economias emergentes. "É só olhar para o enorme sistema de Hong Kong, os investimentos feitos por chineses e também em Cingapura, que tem o maior tráfego de biblioteca do mundo, para confirmar que a aposta no capital humano continua a ser fundamental", argumenta. "Há cinco mil anos não inventam lugar melhor do que a biblioteca para democratizar o acesso ao conhecimento."

quinta-feira, 18 de março de 2010

DAC História realiza pesquisa sobre ONGs

Os alunos do primeiro grupo de pesquisa da EE Margarida Pinho Rodrigues : Danielle , Camila Cristhina , Mariane, Mariana, Herik (não tirou foto) , Gustavo , Sabrina , Jocelyn e Erica. Foto produzida pelo próprio grupo na quadra da escola.


Os alunos do 3º A estarão realizando nas próximas semanas uma pesquisa sobre Organizações Não Governamentais que atuam na Baixada Santista. Trata-se de uma proposta da disciplina de DAC-História, como atividade prática do tema “Transição do Século”, abordado nas primeiras aulas do curso . Nessa aulas foram expostas as características das mudanças ocorridas nesse período de 50 anos e os principais eventos que estimularam essas mudanças.

Segundo o filósofo Edgard Morin, autor de várias obras que analisam esse contexto histórico, o período foi marcado pela intensa manifestação de forças degenerativas do planeta: morte, aniquilamento ambiental, servidão industrial e guerras genocidas. Ao mesmo tempo surgem , numa posição oposta, as contra-correntes de regeneração planetária, grupos de ativismo social que passaram a trabalhar pela reversão destrutiva em várias frentes de ação: ecologia, cidadania, qualidade de vida, direitos humanos, pacifismo e consumo consciente. Esses grupos foram os precursores das atuais ONGs. Muitas dessas idéias de transformação de paradigmas e comportamentos sociais, alguns já estabelecidos, foram iniciados desde a década de 1960 por essas contra-correntes.

Os alunos vão conhecer as ONGs da nossa região e investigar como elas se organizam dentro do terceiro setor produtivo, como funcionam, como são geridas e principalmente qual o grau de transformações que elas geram no entorno social na qual estão inseridas. As pesquisas serão posteriormente expostas através de seminários na sala de multimeios.


Prof. Dalmo


sexta-feira, 5 de março de 2010

Os objetos e seus significados

O que significa o pandeirinho escolhido pela Professora Carmem?


No centro da sala de multimeios, na qual nos reunimos para planejar as atividades de 2010, havia uma caixa cheia de vários objetos de uso comum. Mais do que isso, eram muitas coisas espalhadas pelo chão e logo tornaram motivo de curiosidade para os que iam chegando.

Quase ninguém resistiu à tentação de mexer neles, sobretudo naqueles que mais despertava interesse particular. Alguns permaneceram distantes, outros apenas olhavam sem colocar as mãos e outros, ao contrário, pareciam caçadores de bugingangas, usando os olhos e as mãos para verificar cada um dos objetos ali misturados.

O professor Marcos (Química) foi o mexilhão principal. Em segundo lugar ficou o Professor Rodrigo (Filosofia). A professora Cris Eva (Artes) também não ficou atrás na mexelança e nos comentários que fluíam espontaneamente a cada objeto manipulado.

A idéia era mexer com tudo. Mexer com a gente mesmo e fazer a gente mexer com os outros, através de brincadeiras e provocações sobre os nossos gostos e hábitos. Tudo foi um pretexto para iniciar a busca de outros objetos de interesse, conversas mais sérias e que ocupariam praticamente todo o nosso tempo durante dois dias. E assim foi.



Por que, de repende , as conversas mudaram de rumo e se tornaram mais sérias?


O que pretende o Professor Arnaldo ao cobrir acabeça com esse chapéu de palha?


Que pergunta o professor Helio fez ou gostaria de fazer para esse espelho?

O rolo de massas nas mãos da Professora Laíse era um sinal de que o ano promete ser cansativo e trabalhoso?

A professora Sílvia já sonha com a aposentadoria e com a sua volta aos afazeres domésticos?

O Professor e Matemático Ricardo busca algo assim como um jogo de futebol de botão na caixa de bugingangas.


Todos atentos, principalmente a Professora Renata, para ouvir as considerações do Professor Ricardo (História)


Para quem o Professor Adilson está mandando esse beijo?

Por que será que a Professora Laura escolheu na caixa de objetos essa antiga máquina fotográfica?

Qual é a marca de creme dental preferida deles?

Por que a Professora Cris Eva estava tão comportada ao lado da nova colega de escola?

Mesa farta, flores e muito movimento ao redor. Será mesmo que o único amor sincero dos seres humanos é pela comida?

Uma nova colega de trabalho se apresenta e fala de suas expectativas.

Um apagador apaga as coisas ruins do ano que passou e possibilita o encontro com as coisas boas do ano que começa.

Marli sorri como se o planejamento fosse apenas uma dia festa. Ela adora festa ou planejamento?


Este é professor e Físico Kleber Jacson Lakes, nascido em 1973.

A Professora Alessandra dá as boas vindas a nova colega que chega ao Pinho.

O professor Dalmo observa atentamente as explicações da Professora Alessandra sobre como otimizar o uso do Diário de Classe.

A professora Rosana explica como se faz traduções e legendas de filmes.

A Professora Kátia disserta a importância do papel na cultura escolar

A professora Wanda recepciona uma nova colega e avisa que este ano as coisas não serão as mesmas e que nada será como antes.

A Professora Elisama explica sua escolha desse objeto sagrado das mulheres. Sandra Antão e uma nova colega fazem anotações e Rosane Lobo aguarda a sua vez.


Professoras Bebé, Silvia, Wanda, Kátia e Elisama em clima de: "Rei, Rei Rei, José Serra é nosso Rei"

Professor Marcos em sua busca insaciável de coisas interessantes na caixa de bugingangas

A teoria do pandeiro recebe uma nova abordagem estética por Cris Eva. Rosane Lobo e Dalmo continuam atentos.

O multiprodudor Jorge Montez não está comendo um pedaço de pizza. Trata-se de um livro. O guarda-sol foi apenas um detalhe.

Como o Professor Marcos não terminava sua busca, o Zé Roberto decidiu antecipar seu depoimento alertando os colegas que seria breve, até para não atrapalhar a procura do colega químico.

Rodriguinho, procurando algum livro de auto-ajuda.


Asssou.......

O Helinho não escorregou e não caiu da mesa. É só uma pose rápida com as garotas, aproveitando a mesma cena.

Agora é sério: o nosso PCP acabou com a farra e mandou ver nas dezenas de instruções norteadoras do Planejamento 2010.

PINHO 2010



PINHO 2010

Os PCPs Helinho e Roberta: explode o coração...

O Margarida Pinho começou o ano letivo se preparando para receber centenas de alunos que buscam a nossa escola para dar continuidade aos estudos, ampliar horizontes e principalmente preparar-se para o mercado de trabalho.

É isso mesmo, “mercado de trabalho”.

Não somos uma escola técnica de formação profissionalizante específica, mas damos uma ênfase especial ao nosso currículo regular como fonte preciosa de conhecimento. Cada uma das onze disciplinas podem, além dos seus conteúdos específicos, oferecer uma ampla base cultural na formação dos nossos alunos.

O domínio dos códigos e linguagens são, acima de tudo, a garantia da auto-confiança e boa desenvoltura no exercício de qualquer atividade humana . É isso que tem feito a diferença no Margarida Pinho.

Aqui não preocupamos apenas em ensinar o que é necessário, mas também procuramos mostrar que o gosto pela aprendizagem é a base das mudanças essenciais que todos almejamos para as nossas vidas.

Aceitamos as nossas limitações, aprendemos com os nossos erros e nunca deixamos de rever os pontos nos quais podemos melhorar.

E quando chega a hora de refletir sobre tudo isso, também é o momento de planejar as próximas ações nas quais vamos corrigir falhas e experimentar novas possibilidades.

Estamos avaliando nossos alunos e também sendo avaliados por eles em quase todos os aspectos da nossa experiência.

Também estamos sendo muito cobrados pela sociedade e pelas autoridades que nos conduzem nas nossas ações pedagógicas.

Temos a responsabilidade de apontar caminhos e o dever de saber traçar as nossas próprias trilhas de aperfeiçoamento.

Mas certamente vamos dar conta daquilo que esperam de nós, pois foi por isso que escolhemos essa profissão tão desafiadora e também ainda pouco compreendida nesse mundo em crise e constante mutação .

Mas vamos chegar lá.

Essa foi a tônica do nosso Planejamento 2010.

Somos o Margarida Pinho de sempre, somos educadores de profissão e de vocação.

Amamos o que fazemos, amamos os nosso alunos, amamo-nos uns aos outros. E também confiamos nessa capacidade de estar sempre abertos para novas experiências do ensino do amor e do amor pelo ensino.

Para nós isso é o verdadeiro educar.