segunda-feira, 24 de maio de 2010

VLT vai retirar 1/4 dos ônibus do litoral de São Paulo

Foto montagem da futura Estação Canal 1 e a linha entre São Vicente e Santos. Clique na imagem para conhecer o video das futuras estações.

Futuros terminais e estações do VLT: Terminal Barreiros, Imigrantes, Mascarenhas de Morais, Terminal São Vicente (INSS), Padre Anchieta, Monteiro Lobato- Floriano Peixoto (Canal Linha Vermelha), Itararé , Praias (José Menino), Gruta Nossa Senhora de Lourdes (Clube dos Ingleses -Orquidário), Pinheiro Machado (Canal 1), Barnardino de Campos (Canal 2), Ana Costa (Extra- Mendes Convention), Washington Luiz (Canal 3-), Conselheiro Nébias (Unimes), Batista Pereira, Terminal Porto.


Folha de São Paulo - 09/05/2010


O governo de São Paulo criou um projeto de uma nova rede de transportes para a Baixada Santista baseado em um sistema de VLT (veículo leve sobre dois trilhos). Integrada a ciclovias, a nova linha vai tirar um de cada quatro ônibus de circulação, em nove cidades da região.

A primeira fase, segundo a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), deve ser licitada até julho. Ela vai contemplar o VLT entre o terminal do porto de Santos e a região dos Barreiros, em São Vicente. A linha contornará a faixa do litoral entre as duas maiores cidades da Baixada Santista em parte da área ocupada pelos trens da CPTM.

São 16 novas estações, sempre a 800 metros de distância uma da outra. O usuário vai pagar a tarifa antes de embarcar. O VLT terá pontos de transferências, na primeira etapa, nos Barreiros, no terminal São Vicente e na estação Conselheiro Nébias, em Santos.

As previsões da Secretaria dos Transportes Metropolitanos são que o sistema reduza o tempo médio de viagens de 50 min para 33 min. A integração elimina 25 linhas de ônibus, cria seis e afeta mais 16 --outras 20 seguem inalteradas.

O orçamento previsto é de R$ 688 milhões, sendo R$ 402 milhões no VLT e R$ 286 milhões na renovação e modernização da frota de ônibus. Não há previsão de mudanças na estrutura de tarifas atuais.

O presidente da associação que reúne engenheiros e arquitetos de metrô, José Geraldo Baião, diz que esse tipo de projeto é importante porque reestrutura o transporte local.

"O importante é termos projetos que integrem os demais meios de transporte e que tenham alcance entre as regiões metropolitanas", diz.

O projeto será pago pelo governo, que, após as obras, vai repassar o sistema a concessionárias, um contrato de 25 anos, incluindo os ônibus intermunicipais e o VLT. No período, o projeto vai movimentar R$ 4,67 bilhões. O contrato deve ser assinado no segundo semestre, segundo o governo.

O projeto tenta incorporar à rede de coletivos os usuários de bicicletas, que são milhares nas ruas planas do litoral paulista.

A ciclovia, com um traçado perimetral segundo o plano, corre ao longo da futura linha do VLT, no canteiro central da faixa de domínio da CPTM.

Valor da passagem do VLT pode ser de R$ 2,50



Valor da passagem do VLT pode ser de R$ 2,50
Audiência na Câmara de Santos

A Tribuna On-line - 02/06/2010

Apesar da discussão em torno da implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) já durar pelo menos dez anos e das obras de ligação entre os municípios da região ainda não terem entrado em processo de licitação, nesta terça-feira, uma reunião definiu qual será o preço da tarifa do futuro transporte coletivo. O preço sugerido foi de R$ 2,50 e contemplará, numa primeira fase, os municípios de Santos e São Vicente.

A projeção foi revelada por Sílvio Rosa, gerente regional da Empresa Metroplitana de Transporte Urbanos (EMTU), que ficará responsável pela administração do Sistema Integrado Metropolitano, o SIM. Rosa participou nesta tarde de audiência pública na Câmara de Santos para detalhar o projeto.

Sobre o valor da passagem, o gerente da EMTU afirmou que ainda não está decidido, mas os primeiros estudos sugerem os R$ 2,50 – o mesmo cobrado nos ônibus municipais de Santos.

A audiência foi convocada por meio da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha a implementação do VLT em Santos e teve como objetivo detalhar como será o convênio entre a Prefeitura e a EMTU para a concessão de trechos do canteiro central da Avenida Francisco Glicério para a passagem dos futuros trens.

Os vereadores da CEV, principalmente, não ficaram satisfeitos com o nível de informação constante do documento enviado pelo Executivo, que está na Comissão de Justiça da Câmara.

A previsão da EMTU é de que a primeira linha, de 11 quilômetros de extensão e 16 paradas, com custo previsto de R$ 400 milhões, tenha as obras concluídas 24 meses após o seu início, previsto para dezembro deste ano.

O projeto

O VLT será viabilizado mediante Parceria Público Privada (PPP) na modalidade Concessão Patrocinada. O investimento está orçado em R$ 688 milhões. Desse total, R$ 286 milhões são para a modernização e renovação da frota de ônibus. As prefeituras de Santos e São Vicente devem participar com investimento adicional de R$ 35 milhões em obras no entorno da faixa do VLT.

O projeto vai beneficiar mais de 190 mil passageiros que utilizam o serviço de transporte coletivo metropolitano da região, diariamente. São 487 veículos distribuídos em 59 linhas de ônibus (comum e seletivo). Com o VLT, o sistema será integrado aos ônibus, o que resultará na supressão de 20% das linhas existentes.

O intervalo entre os trens não passará de 4 minutos, com 15 partidas por hora.

O trajeto dessa linha terá 11,2 km, com três terminais e 13 paradas. A frota inicial será de 10 veículos, sendo que cada um terá capacidade para transportar cerca de 400 pessoas. Atualmente, uma viagem de ônibus entre o Barreiros e o Valongo leva, em média, 50 minutos. Quando o VLT estiver em operação, o tempo gasto no deslocamento cairá para 33 minutos.

O Metrô Leve também terá piso baixo, facilitando o acesso de idosos e deficientes. O impacto energético será 2,6 vezes menor que o dos ônibus e 5,4 vezes inferior ao provocado pelos automóveis. Além de contribuir para a redução da poluição sonora e do ar, o VLT vai ajudar a diminuir os congestionamentos e o tempo de viagem.

Outra vantagem é a durabilidade da frota: 30 anos, prazo bem superior aos 8 anos de vida útil dos ônibus articulados e biarticulados.